Gatinha no Cio ou Adolescente na Menopausa?

Para que reflexos sobre a existência quando podemos ter a vida inspirada concentricamente numa única espécie, perfeita em sua imperfeição? E como descrer da segurança que tal ser traz, mesmo sem ter grandes atributos sociais? Perguntas como essas não terão suas respostas aqui, pois hoje sei que não tenho gatos, bem como ninguém os têm; mas, sem dúvida alguma, eles me têm, e certamente sabem manipular isso da melhor forma em sua vida. Saberia eu também?

Friday, July 15, 2005

Sobre Gatos, Croquetes, Jogos e Australopitekus

Sempre surge, no meio da multidão absurda que cruza o meu mundo insano, alguém que tem a petulancia de me dizer que não gosta de gatos. Os mais dóceis me dizem que não gostam muito de gatos, ou não os criariam, ou ainda tem aqueles que dizem que preferem cachorros. Sempre tem desses. Pobres coitados...

Hoje, numa brilhante discussão sobre jogos de homens e mulheres com meu bom amigo virtual, deparei-me com a semelhança já antes captada, mas nunca antes colocada em palavras; o animalesco que perpetua ainda hoje no ser humano. Deixe explicar tudo, pois tudo tem sempre uma boa explicação: eu, como mulher, me perco sempre em ações masculinas, e sei que minhas amigas também.
Logo, a dedução óbvia é que o homem está jogando. E vice e versa. Mas homens sempre valem-se da máxima de que mulherem competem entre si, e se vestem umas para as outras e coisas assim.
Neste momento, olho para Croquete, meu querido felino e o homem ideal _ bonito, carinhoso, boêmio, bom pai, afetuoso, direto e com defeitos bem estruturados_ e penso na realidade lida na Istoé desses tempos: onze mulheres para cada homem.

Agora, vamos unir os fatos. Homem não tem mais de ser como o Croquete; poucos tentam se aprimorar, pois estão garantidos a partir do momento que sempre tem uma guria matando o cachorro a grito. As mulheres, enquanto isso, vêem os guris mais bêm tratados e saem a tapa por ele, mesmo ele sendo um lixo de ser humano, pois a maioria anda assim, sem se dar valor, sem dar valor a nada nem ninguém. Onde mais se vê uma cena como essa?
Oras, em qualquer savana ou lugar que contenha animais selvagens. Vamos rever: o leão macho, felino, rei das selvas, explendoroso e que pode tudo, pois ele domina o território. Sim, ele é potente, forte, bravo, esbelto e... bastante preguiçoso. Basicamente, é um bom reprodutor, e só está ali, no meio de suas não sei quantas fêmeas, que o alimentam, o aquecem e guiam o grupo, porque ganhou uma briga com outro felino mais fraco que ele, e assim seguiu a lei do mais forte (que ainda segue entre nós, aceitando ou não).
As fêmeas passam seu dia caçando, mantendo o grupo e os filhotes e lutando pela atenção do macho, e, acreditem se quiserem, esforçando-se para que ele faça xixi sobre ou perto delas, para assim determiná-las uma "propriedade". Elas têm de disputar a preferência do macho, pois o filhote macho mais velho tende a ser o próximo líder do bando. Logo, elas têm de ser engravidadas logo, e tudo passa a ser um jogo de atenções.Mesmo assim, essa idéia de jogo é intrigante; elas são devotas, cegas e inimigas, e simultaneamente são independentes, astutas e amigas a ponto de amamentarem os filhotes umas das outras, bem como defendê-los do seu predador maior: o próprio pai. A morte do filhote é sinônimo de novo cio da mãe.

Jogos ou divagações minhas, humanos ou australopitekus, gênios ou imbecis, as diferenças estão aí para quem quiser me dizer que não gosta de gatos. Ou que não se gosta.
São jogos? são devaneios? Ou então, o que são? Eu não sei...

... só sei que ainda prefiro deitar e alisar o Croquete do que me deparar com a maioria dos animais que andam por aí hoje em dia... o Croquete é mais Homo Sapiens que a maioria...

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