Apenas Para Rever Aquilo Que Ficou Pendente...

As leoas podem não ser aquele ideal feminista que se tem hoje para as mulheres; elas não são devotas delas mesmas e buscam cegamente a aprovação alheia e, principalmente, masculina.

Certamente isso não me remete a mulher moderna, a mulher do ano 2000; mas essa é Sabrina ou qualquer outra heroína dos anos 50, frágil e instintiva, e mais leoa do que qualquer coisa, pois leoa, ainda hoje, é sinônimo de zeladora da cria. E é isso que ela é: um animal que quer ter a melhor cria com o melhor macho, para ter o filhote mais forte, com o pai mais sagaz e nunca ausente.

E pra mim, feminista de plantão, é muito estranho me posicionar assim, mas a leoa faz o seu papel corretamente. Talvez, se ninguém tivesse tomado a frente feminina, não existisse a liberdade sexual que se tem hoje, o que creio que seria realmente uma pena, mas simultaneamente não teríamos de conviver com a degradação da imagem feminina que se tem hoje.
A idéia de que há um homem para cada onze mulheres apavora, a monogamia, as doenças, tudo apavora, então não estaria na hora de, ao invés de se falar mal das pobres leoas, aprender algo com elas? Afinal, elas têm mantido uma espécie que não muda de personalidade e/ou índole a cada geração, pois seus instintos são os mesmos, e visto que os leões ainda são os reis da floresta, é possível afirmar que as pobres garotas que seguram o tranco.

Se formos ver, a geração ano 2000 é incoerente e inconstante, e assim como tem crianças que sonham em ser astronautas ou cowboys, tem crianças que sonham em ser patrão de cocaína desde pequenos.
É um orgulho saber que agora, agosto, as leoas tomam forma novamente; talvez as ninhadas de agora sonhem, ainda, em ser rock stars, mas mesmo assim, é um sonho que se olhe mais para o irracional, afinal, o racional parece não ter funcionado nos últimos anos...